Além dos riscos inerentes da perda de dados essenciais, as empresas podem responder por prejuízos severos caso haja também o vazamento de dados pessoais

O apagão de dados basicamente é a perda de referências registradas em bancos de dados. Isso tem potencial negativo e de enorme gravidade em diferentes mercados e instituições, sejam reguladoras e governamentais, ou da iniciativa privada. Para empresas pequenas e médias pode significar a perda de oportunidades de parcerias, de investidores, de crédito em instituições financeiras ou, até mesmo, o atraso em projetos de escala que mudariam a trajetória da empresa. Numa esteira de danos, esse problema, denuncia brechas na segurança e na capacidade de organização da empresa. Construímos esse exemplo para ilustrar melhor:

Imagine o seguinte cenário: uma empresa fundada há 90 anos, com um início tímido, mas pioneira em seu setor, que ultrapassou décadas investindo em seu mercado. Por anos expandiu, agregou novos sócios e assim que investiu na digitalização de toda sua história, dos processos administrativos e financeiros, passou por um acidente interno que destruiu boa parte de seu acervo histórico físico guardado em um galpão inativado. Tudo estaria salvo, não fosse a necessidade de uma auditoria minuciosa e balanço, nunca feitos nos padrões estabelecidos, para iniciar o que seria talvez a maior transição da companhia: a venda de uma parte para um dos maiores grupos do segmento. Em uma tarde de trabalho, o processo de auditoria, em conjunto com uma empresa especializada, sofreu um grande golpe: um apagão que paralisou o acesso aos dados que estavam na nuvem há duas semanas. Em seguida a esse período, a empresa, que já estava atrasada na entrega, foi abordada com o inusitado pedido de resgate. Sim, eles tinham que lidar com o sequestro de dados, arcar com valores milionários e uma mancha que poderia acabar não somente com um acordo próspero, mas com a reputação da empresa no mercado.

Isso é um exemplo fictício, mas o apagão e o sequestro de dados são realidades que há tempos ameaçam empresas de todos os tamanhos e, até mesmo, pessoas físicas, que podem ser surpreendidas com esse crime por conta de seus celulares e outros dispositivos que guardam todo o tipo de informação e acessos.

 

Caso real de apagão de dados

 

Semanas atrás, um caso de apagão de dados tomou conta dos noticiários do país, e trouxe à tona a importância de estabelecer um processo que assegure o acesso às informações essenciais, independente da pane em algum equipamento físico. O ocorrido no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, segundo a instituição, foi por conta de uma pane técnica na controladora do storage, o que impossibilitou, por 23 dias, o acesso aos currículos, pesquisas, projetos e suas atualizações. Um clima de tensão e o medo da perda de dados assombrou professores, cientistas e outros personagens da ciência nacional, visto que, ainda de acordo com o CNPq, o problema ocorreu por conta do processo de migração desses dados para um novo equipamento, que levou mais tempo que o esperado.

As incertezas geradas no meio científico abalaram a execução de projetos e colocaram em xeque a continuação de programas diversos, incluindo atualizações de pesquisas e a manutenção de bolsas, mesmo com o CNPq tendo divulgado que os dados não seriam perdidos após a conclusão da migração. O que se viu foi uma onda de posts de cientistas que usaram as redes sociais para protestar contra a sensação de fragilidade e o desencontro de informações, segundo eles, causados pelo “apagão de dados do CNPq” (como ficou conhecido o episódio).

Após 23 dias, os mais de 1,1 milhão de currículos cadastrados na plataforma Lattes voltaram a ser acessados e editados, assim como o e-mail da instituição. Apesar disso, os relatos de instabilidade nos acessos continuaram nas redes sociais. O episódio ocorrido entre os dias 23 de julho a 16 de agosto ficará marcado na história da comunidade científica brasileira como uma mancha na credibilidade e confiabilidade das instituições em nosso país. E, com isso, podemos tirar muitas lições:

  • Dados são extremamente valiosos para as empresas e pessoas físicas. Medidas, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), colocam luz sobre a importância da regulamentação para responsabilizar os setores pela gestão de dados que, por sua vez, têm um único titular: o próprio cidadão. Desde que entrou em vigor, a lei estabeleceu a necessidade de organização para que o uso dos dados seja idôneo nas instituições, inclusive prevendo multas em casos de vazamentos ou uso inadequado das informações armazenadas;
  • O apagão de dados é um risco que para ser evitado necessita de empenho na implantação de soluções referentes à segurança da informação e a manutenção das tecnologias utilizadas nas empresas. Trocando em miúdos, contar com plataformas e sistemas especializados que se responsabilizem por esses dados e pela clareza no funcionamento das ferramentas junto à empresa contratante são fatores essenciais para que, em eventuais necessidades, tudo possa ser acessado com agilidade e sem perdas;
  • Um sistema falho pode gerar prejuízos materiais e na reputação da empresa. Manter o sigilo durante uma crise de apagão de dados é uma medida que pouquíssimas vezes dá certo. Empresas de diferentes portes tendem a contratar uma consultoria especializada no momento em que o problema acontece e isso nem sempre garante que a imagem da companhia não seja arranhada, sem contar o leque de vulnerabilidades a que a empresa é exposta. O melhor é sempre a prevenção.

 

A tecnologia do backup em Nuvem

 

Pensando nisso, a CTECH desenvolveu o i-BACKUP, um sistema de cópia de segurança com armazenamento de dados em nuvem privada. O sistema é de propriedade da CTECH, que garante que os dados de extrema importância e valiosos para a empresa estejam salvos, seguros e disponíveis em caso de necessidade.

Além disso, o i-BACKUP possui acoplado em seu código um script que identifica Sequestros de Dados e outros tipos de ataques digitais, protegendo e isolando as cópias de segurança automaticamente. E ainda, mesmo que sua empresa tenha um sistema próprio de backup e já invista em proteção de dados, o i-BACKUP pode ser contratado à parte, para aumentar os parâmetros de segurança.

Ah! No final daquela história fictícia que abre o texto, a empresa havia contratado um backup especializado e conseguiu reaver todo o conteúdo para a auditoria, o que salvou o acordo e a integração que escalou a atuação e os lucros. Final feliz, graças ao uso da tecnologia e das decisões intencionadas para o crescimento seguro.